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| História | Rádio Guairacá de Mandaguari completa 70 anos

A fundação da Rádio Guairacá de Mandaguari em 1950, a primeira emissora do norte novo do Paraná.

Por Redação do Mandaguari em 08/12/2020

A Rádio Guairacá, completa hoje 08/12/2020, 70 anos desde a sua fundação em 1950, a Rádio Guairacá faz parte da história de Mandaguari, durante esses 70 anos vários profissionais passaram por ali, uns fizeram sucesso, outros não, o mais conhecido na atualidade é Carlos Massa, o Ratinho, que é o atual sócio majoritário da emissora, onde adquiriu a maioria das ações recentemente. Vários outros nomes passaram pela emissora, como Drº Cyllêneo Pessoa Pereira , seu filho e ex-prefeito de Mandaguari Cyllêneo Pessoa Pereira Junior, que atualmente é sócio da emissora e ainda faz parte da programação aos sábados, João Vrenna, Randal Correia, Pedro Ricieri, Rubens Silva, saudoso Waldemar Polles, Celinho Júnior, Odival Pires, Jurandir Nicácio, Nhô Belo um dos mais antigos da emissora, Júlio Cézar Raspinha, Clésio Gonçalves, Lourival Santos, Caio Ricieri, entre outros tantos que fizeram parte da história da emissora.

Uma curiosidade, o Diretor do Site Mandaguari News, Caio Ricieri, que trabalhou por um período na Rádio Guairacá, relatou a nossa redação, que em 2016, a idéia do site Mandaguari News , surgiu dentro da Rádio Guairacá, quando apresentava o programa Sertanejo Bom Demais. ” Tudo começou na Rádio Guairacá, uma escola que tenho muito orgulho de ter passado”, frisou o diretor Caio Ricieri.

Conheça a história da Rádio Guairacá:

Como a cidade da lapa não tinha oportunidades, na época, José Wille Scholz aceitou o convite do primo, o governador Moysés Wille Lupion de Tróia, na época um rico empresário, que havia comprado a Rádio Guairacá em Curitiba. E assim foi trabalhar como discotecário, e depois na área administrativa da emissora. Passou anos convivendo com a movimentação da Guairacá na fase áurea do rádio paranaense.

Em 1950 Lupion, que tinha sido eleito governador, decidiu criar emissoras no interior paranaense, na época ainda sendo aberto. A região norte era considerada a “Amazônia” do sul do País. Trabalhando para Lupion, abriu três emissoras em cidades da região. E instalou e assumiu a gerência da Rádio Guairacá de Mandaguari, na época a principal cidade, e sede da maior comarca da região, englobando quase todo o norte novo. Posteriormente a cidade foi suplantada por Maringá.

Em Mandaguari ele tinha várias atividades: gerenciava a Rádio Guairacá, a empresa de aviação Real, que tinha ali o seu principal aeroporto do norte novo, e abriu uma loja de discos e uma livraria. Por dez anos ficou na gerência da Rádio Guairacá de Mandaguari.  No final dos anos 1950 a empresa de aviação Real deixou de atender a cidade, depois que a pista de terra foi julgada de tamanho insuficiente. Assim ele deixou de ter trabalho em Mandaguari, cidade que foi entrando em estagnação, principalmente depois que o prefeito Décio Pulin brigou com a Companhia Colonizadora Norte Paranaense, inviabilizando o progresso da cidade. Com isso Maringá passava a ser o novo polo da região, e Mandaguari, gradualmente, virou uma cidade satélite.

Por indicação de amigos, passou a trabalhar com transportadora, indo para a nova cidade de Paranavaí, no noroeste, onde crescia, no início dos anos 60, a produção de café e algodão. Seu trabalho era providenciar caminhões, através de sua transportadora, para levar a produção ao Porto de Paranaguá. Ali ele criou os seis filhos, todos homens. A rotina era pesada, já que o embarque de caminhões, nas épocas de safra, exigia o trabalho até tarde da noite. E seguidamente vinham os prejuízos, porque eram muito comuns os roubos de cargas nas precárias estradas do norte paranaense.

Em 1971, trabalhando como gerente para a transportadora Tamoyo, veio a oportunidade de se mudar para Curitiba, o que sempre foi o seu plano para poder dar ensino superior aos filhos. Continuou trabalhando com transportes até quando a saúde permitiu, no final dos anos 80. Com sacrifício e uma grande ajuda da esposa, a professora de tecelagem Zélia Scholz, dona da barraca número um da Feira de Artesanato de Curitiba, conseguiu formar os seis filhos. E ainda adotou mais um sétimo filho, que também concluiu a faculdade.

Morreu aos 70 anos, cumprindo sua maior missão: Deu estudo e profissão aos sete filhos: José Wille, jornalista; Cley Scholz, jornalista; Rene Scholz, professor; Marcelo Scholz, designer; Gustavo Adolfo Scholz, Agrônomo; Simão Pedro Scholz, jornalista e Carlos Silva, que adotou, se formou administrador. Todos os que o conheceram se referiam ao seu trabalho incansável, humildade, paciência e bondade.


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